A Dialética Quântica (A Dialética por trás do Segredo)
A arte retro-lógica da persuasão das massas iluminadas pelos métodos herméticos ligados à lei da atração parece a mim uma perfeita demonstração de dialética quântica.
Um belo exemplo de como isso poderia funcionar - que facilita o entendimento da questão e me poupa de excessiva minúcia explicativa - é minha frequentemente citada “Teoria do Alce Invisível”. Ela consiste em imaginar uma incontestabilidade da vida e explicá-la através da presença de diversos alces invisíveis. Tomemos o aquecimento global: é a típica estatística sem causa científica implicada imediatamente, comumente utilizada na argumentação quântica. Constata-se que o aquecimento global existe, e, como surge em nós um gap causal, é só falar com jeitinho que o Alce Invisível parecerá perfeitamente razoável.
Não sou Iniciado da Dialética Quântica, e, portanto, minha explicação não soará tão convincente; no entanto, creio que ficará claro o ponto: O aquecimento global, cuja causa nos é imperceptível imediatamente (somente seus efeitos – os ursos polares chorando e cidades naufragando), pode ser explicado pela existência de alces invisíveis que absorvem, irradiam e multiplicam a potencialidade bruta do Sol ao lado da, digamos, poluição.
É muito importante abraçar explicações já presentes no imaginário de seu público ao lado de seu Alce Invisível para torná-lo mais aceitável. Comece a explicação com a obviedade incontestável, ou com a estatística, coloque suas inconseqüências lógicas floreadas por gestos e figuras de linguagem acolhedoras ao seu público e finalize enfatizando a incontestabilidade óbvia. Se a audiência for de pretensos cientistas, coloque super-cordas no meio; se for de cristãos, coloque a alma e o livre-arbítrio. E por aí vai. É importante que suas colocações sempre resultem em implicações adoráveis ao gosto dos seu público; não necessariamente as premissas, mas as conclusões devem ser bonitas e de acordo com o que seu target inventaria pra acreditar por si mesmo se estivesse, por exemplo, sob efeito de LSD.
A ênfase em certos termos ‘indefiníveis’ - com toda a justificativa implicada de sua indefinibilidade como sustentação final de cada explicação - é outro recurso muito importante da retro-lógica quântica. Quanto mais infalsificável melhor para tornar-se pilar de sustentação de sua pseudo-constatação. Como Berkeley nos disse há certo tempo, não é só por não termos idéia da substância do espírito que podemos concluir por sua inexistência.
Verdade por Infalseabilidade.
Verdade por impalpabilidade
Verdade por absurdo.
- Filme recomendado: O Segredo por Trás do Segredo (O Segredo para os já Iniciados; é um longo debate aberto a perguntas orientado por uma iluminada senhora de exímias habilidades semióticas de persuasão. Com ela neste filme, o leitor poderá observar a dialética de que falo em sua forma mais bem acabada no cinema).
Um belo exemplo de como isso poderia funcionar - que facilita o entendimento da questão e me poupa de excessiva minúcia explicativa - é minha frequentemente citada “Teoria do Alce Invisível”. Ela consiste em imaginar uma incontestabilidade da vida e explicá-la através da presença de diversos alces invisíveis. Tomemos o aquecimento global: é a típica estatística sem causa científica implicada imediatamente, comumente utilizada na argumentação quântica. Constata-se que o aquecimento global existe, e, como surge em nós um gap causal, é só falar com jeitinho que o Alce Invisível parecerá perfeitamente razoável.
Não sou Iniciado da Dialética Quântica, e, portanto, minha explicação não soará tão convincente; no entanto, creio que ficará claro o ponto: O aquecimento global, cuja causa nos é imperceptível imediatamente (somente seus efeitos – os ursos polares chorando e cidades naufragando), pode ser explicado pela existência de alces invisíveis que absorvem, irradiam e multiplicam a potencialidade bruta do Sol ao lado da, digamos, poluição.
É muito importante abraçar explicações já presentes no imaginário de seu público ao lado de seu Alce Invisível para torná-lo mais aceitável. Comece a explicação com a obviedade incontestável, ou com a estatística, coloque suas inconseqüências lógicas floreadas por gestos e figuras de linguagem acolhedoras ao seu público e finalize enfatizando a incontestabilidade óbvia. Se a audiência for de pretensos cientistas, coloque super-cordas no meio; se for de cristãos, coloque a alma e o livre-arbítrio. E por aí vai. É importante que suas colocações sempre resultem em implicações adoráveis ao gosto dos seu público; não necessariamente as premissas, mas as conclusões devem ser bonitas e de acordo com o que seu target inventaria pra acreditar por si mesmo se estivesse, por exemplo, sob efeito de LSD.
A ênfase em certos termos ‘indefiníveis’ - com toda a justificativa implicada de sua indefinibilidade como sustentação final de cada explicação - é outro recurso muito importante da retro-lógica quântica. Quanto mais infalsificável melhor para tornar-se pilar de sustentação de sua pseudo-constatação. Como Berkeley nos disse há certo tempo, não é só por não termos idéia da substância do espírito que podemos concluir por sua inexistência.
Verdade por Infalseabilidade.
Verdade por impalpabilidade
Verdade por absurdo.
- Filme recomendado: O Segredo por Trás do Segredo (O Segredo para os já Iniciados; é um longo debate aberto a perguntas orientado por uma iluminada senhora de exímias habilidades semióticas de persuasão. Com ela neste filme, o leitor poderá observar a dialética de que falo em sua forma mais bem acabada no cinema).