Dysfemismo

Thursday, May 24, 2007

STAR COLLISION CAUSED DINOSAUR EXTINCTION

No decadente e resplandecente epítome de sua magnífica glória, os homens contemplaram seu auto-inculpável apocalipse quando a ultima gota de seiva tocou o chão e o último véu de seda elevou-se aos céus. We are not responsible. Steal Everything in sight.


Azazel fulminado instantaneamente num ínfimo instante de energia elétrica em queda/ascensão, enquanto contemplava as quarenta e nove ondas de Inefável Fúria, infinitamente mais inefáveis– o que até então não lhe pareceria razoável de se dizer – do que a fúria dos seus. Nem as trombetas, nem o anti-cristo: terremotos, raios, ciclones, o gelo e o fogo, Carvalhos e Pinheiros armados até os dentes, por fim, Quefas, o grande, contemplou a ignobilizada, cientificizada e pós-modernizada população. Clamou:

- Pútridas e vis criaturas animadas, sofram a Fúria de Gaia! – sua voz tenebrosamente grave, dura, severa; tão rochosa quanto poderiam suportar e decodificar os ouvidos humanos.


Um círculo analítico-misticista composto por Doze ilustres intelectuais, a Aristocracia de Gaia, foi colocado no poder do mundo – o putch de meggido. A humanidade, confinada em um espaço horizontal delimitado que se estendia desde as profundezas subterrâneas até alturas estratosféricas, no território de Jerusalém (uma decisão considerada particularmente engraçada ao grupo armado de Carvalhos, que mal pôde conter o ébrio louvor vitorioso de seu ritual papavérico). Os Doze e seus homúnculos máquinovegetaicos garantiram a implementação forçosa de um sistema auto-sustentável de criogenia indefinidamente perpetuável; cérebros ligados ao Inconsciente Coletivo, o Universo Perceptivo, um reflexo das profundezas inconscientes do computador supremo, Diane – a grande comedora de imagens, a multiplicadora de peixes. A Vida eterna virtual, a nulificação máxima das distancias, o clímax da civilização humana: nos forçado pelos piores e mais dolorosos orifícios imagináveis, abaixo. Infelix culpa.


Não há necessidade. Não há parâmetros. Não há restrição. Os remanescentes da auto-domesticação humana ecoam, inegavelmente, no abismo virtual a que nos condenamos; ainda assim, a Verdade, em bits, brada: nothing is true, everything is permitted.

E assim falou o último Som, as últimas palavras ouvidas de fato pela humanidade - there is one Mark you cannot beat: The Mark Inside. Alguns místicos interpretacionistas afirmaram que, na verdade, estivessemos em condições psíquicas de ouvir apropriadamente as últimas palavras disponibilizadas por Diane no mundo real, teriamos ouvido “Oh, it will be lots of fun at Nature’s Wake”. Logicamente, a discussão é obscurecida pelo fanatismo religioso.


(to Be Continued)

Tuesday, May 22, 2007

equilibrio e sanidade é pros ignóbeis insanos

a insanidade desequilibrada é que é para os sãos

Thursday, May 17, 2007

O álcool e a dominação global

Ilustres esforços foram feitos no sentido de evidenciar a relação direta que existe entre o progresso material de um povo e a dificuldade que os cidadãos masculinos (considerando que o patriarcalismo reina pirilimpimpante desde os primórdios da civilização numa aberração tão escancarada que boa parte da população é facilmente convencida de sua necessidade e naturalidade) enfrentam em suas incursões às vulvas de suas queridas compatriotas.

Hoje vos apresento um novo esforço esboçado no sentido de constatar que embora em todos os povos conhecidos pela humanidade seja possível encontrar o uso freqüente de substancias entorpecentes e/ou que causam alteração do estado de percepção (comumente conhecidas como “drogas”, embora o termo seja controverso e tornado inconsistente ao longo de sua re-significação ao longo dos últimos progressos na difusão moral em massa pelos meios de comunicação), e embora elas sejam as mais diversas possíveis (englobando uma considerável gama de alucinógenos), somente os povos cuja principal substância consumida dessa categoria era o álcool obtiveram êxito imperial.

Ouso indicar também algumas interpretações para isto. A primeira é a de que é uma relação absurda e aleatória. A segunda é a de que os alucinógenos tornam a vida dos usuários estável e agradável o suficiente para nulificar a motivação ao progresso. E a terceira é a de que os povos que apegaram-se ao álcool perderam menos tempo no processo ritualístico que envolve seu consumo (afinal de contas, é comumente descoberto através da fermentação acidental de alguma coisa esquecida em algum lugar – e mesmo os rituais que envolvem o álcool como principal agente entorpecedor são eventuais, e não rituais permanentes que extravasam os momentos específicos de êxtase coletivo) e mais fazendo armas.