O álcool e a dominação global
Ilustres esforços foram feitos no sentido de evidenciar a relação direta que existe entre o progresso material de um povo e a dificuldade que os cidadãos masculinos (considerando que o patriarcalismo reina pirilimpimpante desde os primórdios da civilização numa aberração tão escancarada que boa parte da população é facilmente convencida de sua necessidade e naturalidade) enfrentam em suas incursões às vulvas de suas queridas compatriotas.
Hoje vos apresento um novo esforço esboçado no sentido de constatar que embora em todos os povos conhecidos pela humanidade seja possível encontrar o uso freqüente de substancias entorpecentes e/ou que causam alteração do estado de percepção (comumente conhecidas como “drogas”, embora o termo seja controverso e tornado inconsistente ao longo de sua re-significação ao longo dos últimos progressos na difusão moral em massa pelos meios de comunicação), e embora elas sejam as mais diversas possíveis (englobando uma considerável gama de alucinógenos), somente os povos cuja principal substância consumida dessa categoria era o álcool obtiveram êxito imperial.
Ouso indicar também algumas interpretações para isto. A primeira é a de que é uma relação absurda e aleatória. A segunda é a de que os alucinógenos tornam a vida dos usuários estável e agradável o suficiente para nulificar a motivação ao progresso. E a terceira é a de que os povos que apegaram-se ao álcool perderam menos tempo no processo ritualístico que envolve seu consumo (afinal de contas, é comumente descoberto através da fermentação acidental de alguma coisa esquecida em algum lugar – e mesmo os rituais que envolvem o álcool como principal agente entorpecedor são eventuais, e não rituais permanentes que extravasam os momentos específicos de êxtase coletivo) e mais fazendo armas.
Hoje vos apresento um novo esforço esboçado no sentido de constatar que embora em todos os povos conhecidos pela humanidade seja possível encontrar o uso freqüente de substancias entorpecentes e/ou que causam alteração do estado de percepção (comumente conhecidas como “drogas”, embora o termo seja controverso e tornado inconsistente ao longo de sua re-significação ao longo dos últimos progressos na difusão moral em massa pelos meios de comunicação), e embora elas sejam as mais diversas possíveis (englobando uma considerável gama de alucinógenos), somente os povos cuja principal substância consumida dessa categoria era o álcool obtiveram êxito imperial.
Ouso indicar também algumas interpretações para isto. A primeira é a de que é uma relação absurda e aleatória. A segunda é a de que os alucinógenos tornam a vida dos usuários estável e agradável o suficiente para nulificar a motivação ao progresso. E a terceira é a de que os povos que apegaram-se ao álcool perderam menos tempo no processo ritualístico que envolve seu consumo (afinal de contas, é comumente descoberto através da fermentação acidental de alguma coisa esquecida em algum lugar – e mesmo os rituais que envolvem o álcool como principal agente entorpecedor são eventuais, e não rituais permanentes que extravasam os momentos específicos de êxtase coletivo) e mais fazendo armas.
6 Comments:
Os persas faziam uso frequente de ópio, e perderam pra frota alcoolizada dos atenienses.
Os Incas e Aztecas usavam cogumelos e peyote, e perderam pra os ébrios ibéricos.
O Império Hindu usava soma. Mas ninguém sabe direito o que era soma, então eu me abstenho de comentar.
Há quem diga que os romanos usavam de tudo, e não necessariamente o alcool como majoritário.
Na verdade sempre há a possibilidade paranóica de que as culturas alcoolatras que dominaram o mundo recentemente filtraram a historia suficientemente bem pra que acreditemos que só o alcool leva a vitória.
"Our national drug is alcohol. We tend to regard the use of any other drug with special horror"
William S. Burroughs
By Dr. Voldo, At 10:57 AM
Um colega meu adicionou que o único povo significativo que não usava nada são "os Idiotas da História", os Espartanos, que, segundo o mesmo, "passam dos 0 aos 60 anos sendo soldados e conseguem perder todas as guerras importantes de que participaram"
By Dr. Voldo, At 11:04 AM
Vou com a 1ª interpretação, uma relação absurda e aleatória.
Em relação ao teu comentário lá no Arguta sobre a poesia pós-moderna ouso dizer (em relação à poesia que pulula na nossa aldéia blogosférica) que ela é baseada no sentimento, o que é óbvio e redundante, uma vez que toda poesia esta ligada ao sentimento!!! Talvez seja o ambiente relaxado, inteligente e gostoso que se criou nesse espaço.
Aparece mais vezes...
By Anne M. Moor, At 6:24 AM
Que bom te ver de volta! Mas leia um pouco mais de poesia, leia. É muito chato tentar ler um livro inteiro, de uma enfiada. Leia uma por semana, ou por dia.Ou não leia, mas continue a escrever.
By zuleica-poesia, At 6:43 AM
E porque todas as sociedades conhecidas (com a possível exceção dos espartanos) usam drogas ?
Ver/sentir/pensar diferente ?
Entorpecer/fugir/destruir ?
By Flavio Ferrari, At 9:44 PM
pelo mesmo motivo que faz com que um ratinho num laboratorio aperte a barrinha da água, a barrinha da comida ou a barrinha da heroína, quando o testam.
porque está lá, porque é fácil, simples e prático, e porque é bom pra cacete.
e é por isso que fazem leis, e publicam na veja que é errado, porque caso contrário a lógica do capital vai pro bueiro e ficamos todos sentados em cadeiras apertando os botões certos alegre e improdutivamente
By Dr. Voldo, At 9:52 PM
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