Trabalho em Grupo
O exemplo clássico é o da construção de uma mesa: um primeiro individuo corta a madeira, um segundo é responsável por fazer os pés, outro faz o tampo, outro lixa as peças e um último monta a mesa.
As imperfeições analógicas desse exemplo ridículo são várias: é do interesse do contratante fazer grupos eficientes e demitir trabalhadores ineficientes; dificilmente o individuo número um, exímio lenhador, será demitido pela ineficiência do individuo número quatro, péssimo lixador – porque o superior imediato deles, o responsável pelo resultado da mesa, é o mais interessado em um bom trabalho de grupo. Afinal de contas, um trabalho mais rápido e mais eficiente, com menos custo, lhe trará mais bonificações junto a seu próprio superior. Por último, o salário do fazedor de pés raramente dependerá do construtor de tampos; a proporcionalidade produtiva só será um recurso de bonificação, eventualmente, do contratante e/ou do responsável pelo resultado final do trabalho.
No caso do trabalho em grupo escolar, o interesse no resultado final do trabalho varia entre os integrantes do grupo, mas pretende-se que formem um grupo de iguais. O péssimo trabalho de um dos integrantes destrói a reputação de outro: o “salário” (a nota) de cada um dos integrantes depende do trabalho de todos os outros. E, para o professor, é muito mais fácil corrigir 8 trabalhos do que 40.
Resulta disso o seguinte: é muito freqüente que determinado professor te coloque em situação de fazer uma mesa com um maneta, um retardado e dois cegos. Você terá de escolher, então, entre trabalhar por 5 ou entregar uma mesa que não sirva nem pra sentar.
As imperfeições analógicas desse exemplo ridículo são várias: é do interesse do contratante fazer grupos eficientes e demitir trabalhadores ineficientes; dificilmente o individuo número um, exímio lenhador, será demitido pela ineficiência do individuo número quatro, péssimo lixador – porque o superior imediato deles, o responsável pelo resultado da mesa, é o mais interessado em um bom trabalho de grupo. Afinal de contas, um trabalho mais rápido e mais eficiente, com menos custo, lhe trará mais bonificações junto a seu próprio superior. Por último, o salário do fazedor de pés raramente dependerá do construtor de tampos; a proporcionalidade produtiva só será um recurso de bonificação, eventualmente, do contratante e/ou do responsável pelo resultado final do trabalho.
No caso do trabalho em grupo escolar, o interesse no resultado final do trabalho varia entre os integrantes do grupo, mas pretende-se que formem um grupo de iguais. O péssimo trabalho de um dos integrantes destrói a reputação de outro: o “salário” (a nota) de cada um dos integrantes depende do trabalho de todos os outros. E, para o professor, é muito mais fácil corrigir 8 trabalhos do que 40.
Resulta disso o seguinte: é muito freqüente que determinado professor te coloque em situação de fazer uma mesa com um maneta, um retardado e dois cegos. Você terá de escolher, então, entre trabalhar por 5 ou entregar uma mesa que não sirva nem pra sentar.
5 Comments:
Uma vez tentei não fazer o trabalho de todo o grupo e um bebê quase nasceu no banheiro enquanto uma colega dormia em pé no corredor! Continuei fazendo as mesas sozinha...
By Anonymous, At 5:50 PM
Sempre odiei fazer trabalhos em grupo, e sempre que fiz preferi fazer o trabalho por cinco.
Se fosse um emprego, ao fazer as mesas por exemplo, com certeza os melhores estariam empregados, então seria fácil dividir o trabalho e esperar boa qualidade no final.
By Anonymous, At 9:27 AM
Delegar é antever onde o outro irá errar ...
By Flavio Ferrari, At 9:41 PM
O problema dos trabalhos em grupo escolares é que normalmente não há necessidade de troca de informações entre os integrantes. Assim, é muito mais produtivo cada um responder a uma pergunta individualmente do que os 5 discutirem e responderem as 5 perguntas. Isso quando não se cai num impasse na hora da redação, quando dois preferem continuar na mesma linha, dois preferem parágrafo e o 5o prefere não desagradar os outros (para os quais o início da próxima frase tornou-se uma questão de honra)
By Avz, At 4:00 PM
Se vc pensa num grupo dentro de um modelo fordista de produção, onde cada um é responsável por uma parte da produçao, mas cada um é incapaz de produzir o mesmo produto sozinho, tudo bem...
Mas vc está pensando num grupo alienado, ou um grupo onde cada integrante é apenas uma somatória para o grupo, e não um grupo livre...
Esse é o problema das pessoas pensarem em grupo, sempre copiam o antigo modelo de produção...
By Anonymous, At 4:36 AM
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